Igrapiúna-BA


Igrapiúna é um dos mais antigos municípios da região, formado a partir da aldeia jesuítica denominada Igarapí-Una, que significa em tupi "Pequeno Rio de Águas Escuras". Em 1938 foi extinto e anexado ao município de Camamu, tendo sido restaurado, somente, em 24 de fevereiro de 1989, com sua emancipação.
         O Município possui uma das mais belas paisagens de toda microrregião do Tabuleiro de Valença, a ilha Coroa Vermelha com formação de dunas no meio do oceano; as Ilhas de Pedra Furada e de Quiepe, localizadas na entrada da baía de Camamu; o Rio Igrapiúna, tendo como principal atrativo as cachoeiras de Pancada Grandee do Parafuso e o rio Mariana ou Serinhaém que forma em seu leito diversas pequenas cachoeiras. Também há a área de proteção Ambiental da Cachoeira de Pancada Grande, limitando Igrapiúna e Ituberá.
         Em Igrapiúna encontram-se comunidades remanescentes de quilombos, formadas com as fugas de negros escravos, que foram trazidos para a região pelos portugueses para trabalharem nas lavouras de mandioca, arroz e cana de açúcar.
         As comunidades remanescentes de quilombos encontradas no município de Igrapiúna são: Dendê, Ilha das Flores, Martins, Osmeira, Pedra Mole, Ponta, Rio de Carmucim, Rio Novo e Salina.
         A partir do século XVIII, os portugueses foram atraídos para o local, iniciando os cultivos de mandioca, arroz e cana-de-açúcar, datando desde a época o princípio da construção da igreja de Nossa Senhora da Dores,
Em 28 de dezembro de 1797, foi decretada a elevação de aldeia à categoria de Vila, com a denominação de Igrapiúna e incorporada a Camamu. A emancipação da Vila ocorreu em 1892, mantendo-se como cidade até 30 de novembro de 1928, quando foi novamente anexada a Camamu, rebaixada à condição de Distrito.
Em 1942 Igrapiúna já era cidade, quando Getúlio Vargas foi presidente e decretou que a cidade que não arrecadasse 40 contos de reis, não podia ser cidade.
Infelizmente Igrapiúna não conseguiu arrecadar tal quantia e voltou a ser Vila, ficando a mercê do município de Camamu.
A criação do município aconteceu somente nos anos 80. O primeiro período de emancipação ocorreu em 1962, sendo negado. Em 1980, nova solicitação foi encaminhada à Assembléia Legislativa do Estado da Bahia, baseado dessa vez, na expansão de cultivo da seringueira em Igrapiúna. Com a aprovação do projeto de Lei de 15 de dezembro de 1988 e o posicionamento favorável de 80% da população (expresso no plebiscito realizado em janeiro de 1989), o Distrito foi, finalmente desmembrado de Camamu e elevado a condição de Município.
Nos tempos de Quaresma, a pescaria era como uma festa, quando todas as donas de casa se preparavam para receber seus pescadores que chegavam tocando búzios, avisando que traziam muitos peixes.
As esmolas de São Benedito e de Nossa Senhora do Rosário que vinham de Maraú, traziam alegria para toda a região, arrecadando dinheiro.
Apenas o distrito sede compõe o município de Igrapiúna, além de pequenas localidades rurais e litorâneas como: Contrato, Ponta, Timbuca, Tubarões, Pescaria, Ponta do Santo, Rio do Braço, Juliana, etc.
manifestações culturais
Esmola de São Benedito: grupo de pessoas que saem às ruas e passam de casa em casa pedindo esmola para a igreja em nome de São Benedito. A pessoa que vai levando o santo na mão leva um guarda-chuva preto. A manifestação acontece em dezembro e o grupo sai da igreja de Nossa Senhora das Dores e depois volta para o mesmo local.
Pau de fita: dança que representa a colheita e o plantio em que os casais participantes dançam e cruzam fitas coloridas em volta do pau.
Festas religiosas
·        Romaria de Presente a Iemanjá (de Janaína)
·        Romaria de São Sebastião
·        Festa de Nossa Senhora da Saúde
·        Festa de Nossa Senhora de Fátima(Padroeira do Contrato
·        Festa de Santo Antônio
·        Festa Nossa Senhora das Dores (Padroeira da cidade